sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Gaslighting. Por que eu nunca me dei bem com objetivos vagos.

Muito se passou desde a última vez que eu postei aqui, e tenho vergonha disso. Dessa vez eu vou escrever em português mesmo, por que é provável que mais gente leia. Igualmente, é interessante resumir o objetivo desse blog a falta de objetivo total. É mais honesto, se qualquer coisa. Quando eu tinha criado isso, originalmente com o objetivo de relatar as experiências de um menino fazendo engenharia de computação e querendo se mudar pro Canadá, um amigo, Pepê, avisou que era vago demais. E o problema com objetivos vagos é seguí-los.

Se eu conseguir, tentarei postar com alguma frequência aqui. Mas não prometo nada, é melhor assim. Quando acontecerem coisas legais, fica mais fácil - por que, dependendo, eu posso contar o que aconteceu. Acho que se não tiver acontecido nada de muito relevante, eu conto sobre algo do ano passado. Tem muitas coisas legais pra contar.

Dado que meu último post eu ainda estava na mesma cidade onde eu estou, Brasília, tenho que me redimir com o que sempre falei dela. Campinas tá quente pra caralho! Tipo, 34 ºC na sombra! O clima aqui tá muito mais ameno. E a secura ajuda a esfriar mais rápido, onde supostamente deve estar frio.

Eu não estudarei mais engenharia de computação, mas farei vestibular pra medicina, de novo. Esse 'de novo' pode ser explicado em algum momento futuro. Como dessa vez farei cursinho em Campinas, pela razão de querer agora um cursinho que foque, de fato, na Unicamp, voltei pra lá. Com o resto das informações que tem além dessa, aqui, não fica claro que em algum momento eu saí. Outro post, paciência. É bom que eu acumulo o que falar.

E voltar pra algum lugar onde você já esteve, onde você desenvolveu muitas memórias, revela-se algo, se qualquer coisa, interessante. Quando saí de Campinas deixei minhas coisas espalhadas em mais de um lugar, e no esforço que tive mais cedo nesse ano para reorganizar tudo, sempre vai ficar a sensação que eu estou esquecendo alguma coisa. E a cada pedaço ou coisa que reaparece, você tenta escanear sua própria mente mais umas vinte vezes pra tentar entender como você não lembrou daquilo. O que você está esquecendo a mais?

Acredito fielmente que a memória vale mais do que a própria vida. Explico melhor. As memórias podem ser, pra mim, o objetivo da vida em si. O acúmulo de memórias boas. E de memórias ruins. Até questionável, isso. Isso de existirem memórias ruins. Algumas delas podem não ser muito agradáveis, mas não as classificaria como menos importantes. Memórias não são a prova de bala.

Mas nem é sua vida.